Esta é uma dúvida comum. Especialmente se o dentista comunica que é necessário o tratamento do canal do dente de leite da criança, o que às vezes acontece em casos de fratura de dentes anteriores por queda ou mesmo em situações de cárie profundas. Mas como podemos entender isso?

Ao nascimento da criança, os dentes não são visíveis. Mas já estão lá se formando, cada um no seu lugarzinho, dentro dos ossos da boca. Aliás, iniciam a formação quando o bebê ainda está no útero da mãe.

Primeiro se forma a coroa do dente, em seguida a raiz. E o dente de leite tem esmalte, dentina e polpa (ou canal), como o dente permanente.

Chega o dia em que o dentinho finalmente nasce. Mas ele ainda não está completo. A sua raiz só termina de ficar formada aproximadamente um ano após o aparecimento do dente de leite.

E fica um dente bem grande, vejam que a raiz é ,em alguns dentes, duas vezes maior que a coroa.

Mas o dente de leite fica mole e cai! E o que vemos é um dente pequenininho, uma coroa oca. Sabem por quê?
Uns dois anos antes do dente de leite cair, o permanente que está se formando dentro do osso começa a provocar a destruição de sua raiz. E é por isso que um dia ele fica mole. Porque não tem mais a raiz para fixá-lo. E ao mesmo tempo o permanente está pronto para ocupar o seu lugar!

Vejam aqui um esquema do desenvolvimento dos dentes de uma criança desde a fase intra-uterina até a época em que se inicia a troca dos dentes. Em azul estão os dentes de leite, em amarelo os permanentes. Os dentes mostrados estão na arcada direita da criança em questão. Observem a evolução dos incisivos (os dentes da frente). Aos seis anos já estão bem sem raiz para caírem e dar lugar aos dentes permanentes.

A natureza é sábia.
E o dente de leite tem raiz. Ou tinha!

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